A principal reflexão que Felipe Cunha desenvolve em seu livro Economia Colaborativa, recriando significados coletivos é sobre em que grau o surgimento da Economia Colaborativa está catalisando uma profunda reforma cultural em direção ao Commons.
Será que as pessoas estão se organizando para administrar coletivamente os recursos comuns sem a necessidade de intermediários, governos ou empresas?
Outro ponto abordado no livro é que, apesar da Economia Colaborativa já ter um papel promissor para mudanças culturais, muitas sombras a acompanham como, por exemplo, a desregulamentação e direitos do trabalho, iniciativas orientadas pelo lucro, apropriação do mercado etc.
Este livro conduz o leitor por novas áreas da ciência como o Pensamento Complexo, a Visão de Sistemas Vivos, Enlivenment e a Teoria Integral, balanceando a atual visão de mundo, individualista e mecanicista, com conceitos que evoluíram a partir de uma perspectiva ecológica, que enxerga a vida como um tecido vivo das relações e ecossistemas, a partir de respeitados pensadores como Rachel Botsman, Manuel Castells, Ken Wilber, Michel Bauwens, Fritjof Capra, Edgar Morin, Zygmunt Bauman, entre outros.
Sob a orientação de Jonathan Dawson, um dos maiores economistas da atualidade, e observando empiricamente pequenas, médias e grandes empresas, empreendedores e inúmeras organizações sociais, o autor nos ajuda a refletir sobre o fabuloso tempo em que vivemos, de mudanças rápidas e significativas, e testemunha nosso contínuo e inerente potencial para um futuro melhor, sob a perspectiva das relações humanas e econômicas.