O historiador Jorge Ferreira narra a vida de Elisa Branco, comunista que foi vigiada pelo DOPS por quase quatro décadas.
Pela primeira vez, a vida de Elisa Branco - costureira de Barretos/SP que se tornou militante do PCB e ativista pela paz - é contada para o grande público. Admiradora de Luiz Carlos Prestes, foi presa por abrir uma faixa contra o envio de soldados brasileiros à Guerra da Coreia, no dia 7 de setembro de 1950, durante desfile militar na cidade de São Paulo. A campanha pela sua libertação correu o mundo, fazendo de Elisa Branco símbolo da resistência contra a opressão política. Em 1952, por se manter firme em seus propósitos, mesmo quando estava encarcerada, recebeu, na União Soviética, o Prêmio Internacional Stalin da Paz, a maior distinção que um comunista poderia alcançar.
Para a escrita do livro,o historiador Jorge Ferreira teve acesso aos relatórios do DOPS - que vigiou Elisa Branco por quase quatro décadas -, além de memórias registradas e recolhidas pela própria ativista. Para além da atuação de Elisa Branco a favor da paz e da participação primordial que ela teve nos movimentos contra a Guerra na Coreia, Jorge Ferreira busca apresentar ao leitor toda a trajetória da militante comunista, de seu nascimento à sua morte, e como que ela buscava conciliar pessoal e política.
Organizado de forma cronológica, Elisa Branco: uma vida em vermelho é ideal para quem busca conhecer mais sobre o ativismo comunista para além da teoria e para quem busca conhecer mais sobre o movimento de mulheres ativistas brasileiras que, finalmente, estão sendo resgatadas na História.